Segundo um relatório da inteligência britânica, a Rússia mobilizou unidades do Africa Corps para apoiar sua ofensiva na região de Kharkiv, na Ucrânia. Criado em dezembro de 2023, o Africa Corps inclui mercenários experientes do antigo Grupo Wagner, além de soldados regulares.
As unidades do Ministério da Defesa da Rússia foram destacadas para participar da ofensiva em Vovchansk, no norte de Kharkiv, em conjunto com forças russas regulares e unidades Storm-Z. A informação foi divulgada pelo Ministério da Defesa do Reino Unido em uma atualização recente.
O Africa Corps é composto por mais de 2.000 soldados e oficiais, muitos dos quais são mercenários que anteriormente serviram no Grupo Wagner. Após a morte do líder do Wagner, Yevgeny Prigozhin, em um acidente de avião no ano passado, acredita-se que a organização tenha sido marginalizada e subordinada ao Ministério da Defesa russo.
Analistas sugerem que a criação do Africa Corps foi uma tentativa do Ministério da Defesa russo de assumir maior controle sobre os remanescentes do Grupo Wagner. A nova formação militar tem recrutado ativamente ex-mercenários do Wagner e soldados que lutaram na Ucrânia para operações de combate na África, oferecendo altos salários, pagamentos em moeda estrangeira, e benefícios sociais e médicos.
A presença do Africa Corps na Ucrânia sinaliza que a Rússia está consolidando seu controle sobre os remanescentes do Grupo Wagner e reforçando sua guerra na Ucrânia com recursos anteriormente destinados à África. Em abril de 2024, unidades do Africa Corps foram redistribuídas para a fronteira ucraniana em preparação para a ofensiva em Kharkiv.
Apesar de relatos anteriores sugerirem que Moscou esperava tomar Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, o presidente Vladimir Putin afirmou recentemente que a Rússia planeja apenas criar uma zona de proteção para a cidade fronteiriça russa de Belgorod.
Com essa movimentação, o conflito na Ucrânia se intensifica, e o mundo aguarda ansiosamente os próximos passos das forças russas no campo de batalha.