Helsinque, Finlândia – 6 de junho de 2024 – Em uma coletiva de imprensa realizada no palácio presidencial de Helsinque, o Secretário-Geral da NATO, Jens Stoltenberg, e o Presidente da Finlândia, Alexander Stubb, tranquilizaram os aliados sobre a ausência de uma ameaça militar iminente da Rússia contra o bloco transatlântico. No entanto, ambos enfatizaram a necessidade de fortalecer as defesas da Ucrânia e dos próprios países membros da NATO para dissuadir futuras agressões de Moscou.
“Não vemos nenhuma ameaça militar iminente contra qualquer aliado da NATO”, afirmou Stoltenberg. “A Rússia está mais do que ocupada com a guerra na Ucrânia”, acrescentou, observando que Moscou realocou muitas de suas forças ao longo das fronteiras da NATO para os campos de batalha ucranianos.
Stubb, que assumiu a presidência em março, pouco antes da Finlândia se tornar o mais novo membro da NATO, reforçou essa visão, afirmando que é improvável que a Rússia ataque ou intimide a maior aliança militar do mundo. “A ideia de que um país como a Rússia atacaria a maior aliança militar do mundo é simplesmente implausível”, disse.
Ambos os líderes destacaram que a melhor maneira de prevenir uma guerra é estar preparado para ela. “O propósito da NATO não é lutar, mas prevenir a guerra por meio de uma dissuasão credível”, enfatizou Stoltenberg. A aliança, segundo ele, representa 50% do poder militar mundial.
Stoltenberg também abordou a necessidade de um apoio previsível e responsável à Ucrânia, que enfrenta uma nova ofensiva russa neste verão. “Nos últimos meses, vimos algumas lacunas e atrasos no fornecimento de apoio militar à Ucrânia”, admitiu. Ele argumentou que um compromisso a longo prazo fortalecerá a posição da Ucrânia e acelerará o fim do conflito, deixando claro para Moscou que não pode esperar um enfraquecimento do apoio ocidental.
Por fim, ambos os líderes descartaram a possibilidade de uma implantação de tropas da NATO em solo ucraniano, destacando que a ajuda continuará a ser fornecida de várias formas, mas sem envolvimento direto no combate.
Essa posição reafirma o compromisso da NATO com a segurança europeia e a estabilidade na região, mesmo diante das complexidades do cenário geopolítico atual.