Em uma resposta rápida à devastação causada pelas bombas deslizantes russas, a Ucrânia anunciou que está desenvolvendo suas próprias versões dessas armas. A medida surge após relatos de que as bombas fornecidas pelos Estados Unidos têm enfrentado dificuldades devido a interferências russas.

O Brigadeiro General Serhii Holubtsov, chefe da aviação do Comando da Força Aérea das Forças Armadas da Ucrânia, confirmou que o país está trabalhando intensamente na conversão e produção de bombas corrigidas baseadas em bombas de queda livre convencionais. “Estamos agora trabalhando na conversão e produção de nossas próprias bombas corrigidas com base em bombas convencionais de queda livre”, disse Holubtsov em entrevista à rádio, conforme tradução do jornal ucraniano Pravda.

Essas bombas, conhecidas como bombas deslizantes, possuem sistemas de orientação que permitem seu lançamento a uma distância segura, fora do alcance das defesas aéreas. A Rússia tem utilizado essas armas com grande eficácia, especialmente na região de Kharkiv, onde um grande ofensiva foi lançada no mês passado. Especialistas consideram essas bombas cruciais para a captura da cidade de Avdiivka em fevereiro, marcando uma importante vitória russa após meses de estagnação.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy revelou recentemente que a Rússia está usando mais de 3.000 dessas bombas por mês contra a Ucrânia. Apesar do apoio ocidental, as bombas deslizantes fornecidas pelos EUA têm lutado contra as interferências russas, segundo fontes da Reuters. Isso resultou em várias bombas que não atingiram seus alvos, comprometendo a eficácia das operações ucranianas.

Holubtsov destacou que o desenvolvimento das bombas ucranianas envolve decisões complexas, como a escolha das asas apropriadas, módulos de GPS e módulos de controle. “Em algumas semanas, devemos começar a testar os primeiros lotes dessas bombas, que são fabricadas na Ucrânia”, afirmou.

Com o início dos testes das novas bombas deslizantes, a Ucrânia espera equilibrar a balança e responder à ameaça contínua representada pelas forças russas. O sucesso dessa iniciativa pode ser crucial para as futuras operações militares no conflito em curso.