Em resposta às crescentes tensões com a Rússia, a OTAN está desenvolvendo um plano estratégico para mobilizar tropas americanas em solo europeu, caso ocorra uma invasão russa. Segundo informações obtidas pelo The Telegraph, a aliança está criando corredores terrestres específicos para facilitar a movimentação rápida de soldados e equipamentos militares dos Estados Unidos.
O plano prevê que as tropas americanas desembarquem em cinco portos-chave: Países Baixos, Grécia, Itália, Turquia e Noruega. A partir desses pontos de entrada, os militares seguiriam por rotas terrestres já estabelecidas até a fronteira oriental da OTAN, garantindo uma resposta rápida e eficiente a qualquer agressão russa.
Essas rotas foram projetadas para evitar restrições legais locais que possam atrasar o transporte de cargas militares. Além disso, estão sendo considerados planos alternativos para utilizar portos na Suécia, Finlândia e nos Balcãs, ampliando ainda mais as opções logísticas.
Caso os portos do norte da Europa ou dos Países Baixos sejam atacados, a OTAN estaria pronta para redirecionar as operações para Itália, Grécia e Turquia, de acordo com as contingências traçadas. Essa estratégia visa garantir a resiliência e a prontidão das forças aliadas diante de qualquer cenário adverso.
Em 2023, líderes da OTAN já haviam acordado manter 300 mil soldados em estado de alta prontidão. A medida é uma resposta às repetidas advertências de países europeus sobre o risco de uma invasão russa. Especialistas apontam que, apesar dos reveses sofridos pela Rússia na Ucrânia, o país continua a se preparar para futuras ofensivas.
Na Polônia, medidas adicionais de defesa foram anunciadas recentemente, e os Estados Bálticos também estão aumentando significativamente seus investimentos em segurança. Contudo, um relatório do Financial Times destacou que a OTAN ainda possui menos de 5% das defesas aéreas necessárias para proteger a Europa Central e Oriental.
Alexander Sollfrank, comandante da OTAN, assegurou que todos os esforços estão sendo feitos para criar uma infraestrutura robusta e resiliente. “Tudo está sendo feito de maneira que a resiliência necessária exista – robustez, reservas e também redundâncias”, afirmou.
A situação permanece tensa, e a OTAN continua a reforçar suas defesas para garantir a segurança de seus membros frente à ameaça russa.